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Retrospectivas – Jean Rouch, Movimentos de Libertação, Harun Farocki
2011/10/07
Da retrospectiva dedicada a Jean Rouch, com curadoria de Philippe Costantini e em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, fazem parte filmes raríssimos como Baby Ghana, La Folie Ordinaire d'Une Fille de Cham e Le Foot Girafe ou L'Alternative.
A Retrospectiva Harun Farocki é uma mostra muito completa da obra do cineasta que «faz filmes com imagens que não eram destinadas a ser públicas, como as de encarceramento em Gefängnisbilder, numa "reflexão fundamental sobre a sociedade de controle"». Em paralelo ao festival, mostramos uma exposição composta por três instalações: "Três Duplas Projecções" na Galeria Palácio Galveias (que pode ser vista de 7 de Outubro a 6 de Novembro). O realizador dará uma masterclass no dia 25 de Outubro, às 11h, na Culturgest.
A Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) reúne uma selecção muito importante e original do cinema das guerras de independência, da qual constam Festival Panafricain d'Alger, de William Klein e Behind the Lines, de Margaret Dickinson. No dia 28 de Outubro, às 21h30, no Cinema São Jorge, haverá uma mesa redonda sobre este tema com os realizadores convidados.
Sessões especiais e actividades paralelas
2011/10/07
Com filmes que fazem parte daSelecção Internacional - Fora de Competição, recordamos os loucos anos 70 em Nova Iorque com New York Memories, de Rosa von Praunheim, e reflectimos sobre a situação no Irão com This is Not a Film, de Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb, em homenagem aos dois realizadores e a todos os cineastas iranianos.
Na secção Selecção Portuguesa - Fora de Competição, entre outros filmes, dois documentários sobre duas importantes figuras do panorama artístico português: Jorge Salavisa - Keep Going, de Marco Martins, e Em Trânsito, de Solveig Nordlund.
Destaque também para uma sessão muito especial: Agnès de ci de là Varda, um filme de Agnés Varda que faz parte de uma série de cinco episódios - uma estreia mundial apresentada juntamente com o filme de Peter von Bagh (Presidente do Júri doclisboa 2011) Sodankylä Forever: the Yearning for the First Cinema Experience.
No doclisboa 2011 há também um lugar reservado para as famílias e os mais pequenos, nas sessões Docs 4 Kids, ateliers que promovem a aproximação do documentário a crianças dos 6 aos 12 anos, e também na sessão especial em 3D de Cane Toads: the Conquest, de Mark Lewis, no Cinema City Campo Pequeno (dias 29 e 30 de Outubro pelas 17.45).
O festival terá ainda muitas actividades paralelas: sessões exclusivas para escolas, um espaço privilegiado de aprendizagem e de partilha que realça a importância e a pertinência artística do filme assistido, debates diários com realizadores convidados, Lisbon Docs, um fórum internacional de financiamento e co-produção de documentários (as sessões de pitching do Lisbon Docs têm entrada livre, na medida dos lugares disponíveis e são conduzidas em inglês), workshops de realização e produção, uma mostra de documentários DOCTV CPLP e várias festas.
A videoteca do festival tem cerca de 1350 títulos disponíveis para visionamento e abre ao público no dia 21 de Outubro. Horário: Dias úteis - das 11h00 às 21h00 Fins de semana - das 14h00 às 21h00
Harun Farocki em Lisboa - Retrospectiva e Exposição
2011/09/26
Harun Farocki estará em Lisboa para a retrospectiva que o Doclisboa lhe dedica. "Três Duplas Projecções" é a exposição do cineasta e artista visual que estará patente no Palácio Galveias, de 7 de Outubro a 6 de Novembro. A inauguração da exposição é no dia 6 de Outubro, pelas 19h.
Harun Farocki dará uma masterclass no dia 25 de Outubro, às 11h, no Grande Auditório da Culturgest.
"Quem é Harun Farocki?", perguntava o conhecido crítico Louis Skorecki nos Cahiers du Cinéma, em 1975 - quando Farocki já fazia filmes há 10 anos. Um dos seus principais comentadores, Thomas Elsaesser, recorda que anos mais tarde o apresentou como "o mais conhecido dos cineastas alemães desconhecidos", para logo acrescentar que mesmo essa definição já estava ultrapassada, sobretudo a partir do considerável impacto de Imagens do Mundo e a Inscrição da Guerra (1988). Ele é um dos mais destacados cineastas e autor de instalações contemporâneos. Um caso raro de artista como produtor (segundo o conhecido ensaio de Walter Benjamin), de "cinema-pensamento", na dialéctica das imagens e no uso da montagem enquanto prática de comentário (mesmo se sem palavras), e de teoria crítica, inclusive quando trabalha apenas sobre imagens alheias, como ele explica na sua seminal primeira instalação, Schnittstelle/Interface (1995), uma das três que o doclisboa apresenta no Palácio Galveias. Farocki é também um arguto observador dos mecanismos da "sociedade de controle", dos media e das lógicas do capitalismo, que vai constituindo um "arquivo", no sentido em que o definiu Michel Foucault. Um autor de tremendo impacto crítico e teórico, o caso raro de um grande cineasta que nos convoca também para uma imperiosa reflexão sobre as imagens e a História.
Augusto M. Seabra
Masterclass Harun Farocki 25 OUT - 11.00, Culturgest - GA
Wiseman, McElwee e Scorsese no doclisboa
2011/09/26
Sob a nova direcção, a cargo de Anna Glogowski, o doclisboa conta novamente com Augusto M. Seabra como Programador Associado. A abrir e a fechar o festival serão apresentadas as novas obras de autores a quem o Doclisboa já dedicou retrospectivas. Crazy Horse, de Frederick Wiseman será a sessão de abertura do doclisboa 2011. O realizador estará na Sessão de Abertura. Fecharemos os onze dias do festival em grande com o belíssimoPhotographic Memory, de Ross McElwee, que também estará na sessão de encerramento. George Harrison: Living in the Material World (Pt1), de Martin Scorsese, um dos filmes mais aguardados, dará início à programação Heart Beat no Cinema São Jorge. A programação desta secção termina ao som de Monterey Pop, em homenagem a Richard Leacock (que faleceu este ano), um dos directores de fotografia do filme de D.A. Pennebaker. Um clássico do cinema documental sobre o primeiro grande festival de música de sempre, com as participações de Otis Redding, Jimi Hendrix, Janis Joplin, entre muitos outros.
Relembramos que, no 50º aniversário do início da guerra colonial, o festival propõe um ciclo de filmes feitos na perspectiva dos movimentos de libertação africanos. É de sublinhar também a Retrospectiva dedicada a Jean Rouch, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa. O festival apresentará também um foco especial nas primaveras árabes e na situação no Irão. Ainda no âmbito das sessões fora de competição apresentaremos Il Nous Faut du Bonheur, de Alexei Jankowski e Alexander Sokurov (que recebeu o Leão de Ouro em Veneza com Fausto), La Nuit Tombe sur la Ménagerie, de Nicolas Philibert, New York Memories, de Rosa von Praunheim e Agnès de ci de lá Varda (Episode 1/b) de Agnés Varda. Orgulhamo-nos de apresentar Peter von Bagh, lenda viva da cinefilia, como presidente do Júri Internacional.