O documentário, estreado em Portugal, Espanha e Brasil, estreará também, de acordo com a produtora Jumpcut, nos EUA.

A escolha deste filme foi feita por uma comissão, composta por representantes de associações do sector, previamente submetida à aprovação da Academia Americana de Artes e Ciências.

José e Pilar é o retrato da relação entre José Saramago e a sua mulher Pilar Del Rio, através do registo do dia-a-dia em Lanzarote e das suas viagens de trabalho pelo mundo. O filme relaciona o romance "A Viagem do Elefante" com a própria experiência do autor durante o processo de criação deste livro.

Programação Apordoc no Teatro do Bairro - Setembro

5 de setembro, 21h30 - El Sicario, Room 164 (Gianfranco Rosi, 80')

O filme vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa para melhor longa metragem decorre num quarto de motel na fronteira entre o México e os EUA, onde um assassino de Juárez fala dos seus crimes e revela os segredos dos carteis de droga que ditam a lei naquela região. El Sicario, Room 164 estreia no Film Forum, em Nova Iorque, já no final do ano.

12 de setembro, 21h30 - La Terra Habitada (Anna Sanmartí, 71) - Prémio Especial do Júri doclisboa 2010

A viagem começa. Deixando para trás uma acumulação de sons e imagens de onde as coisas perderam o nome. Para a Mongólia. No caminho, caras desconhecidas, novas melodias, gestos que se misturam com a paisagem. Estar numa terra estranha e mover-se com ela.

19 de setembro, 21h30 On Rubiks Road (Laila Pakalnina, 30') + Les Oiseaux d'Arabie - Fragments d'une Correspondance (David Yon, 40')

On Rubiks Road - Prémio para melhor curta-metragem doclisboa 2010
Se o mundo inteiro pode ser reflectido numa única gota de orvalho, então porque não poderia caber num caminho para bicicletas na Letónia? Um filme sobre um mundo que caminha, corre, rasteja, se senta, anda, salta. E cai. Um mundo vivo.

Les Oiseaux d'Arabie - Prémio para melhor média-metragem doclisboa 2010
Na véspera da II Guerra Mundial, Antonio Atarès foi um dos milhares de refugiados espanhóis que atravessaram os Pirinéus, para fugir ao avanço das tropas de Franco. Internado num campo de refugiados, em 1941 recebe uma carta e começa uma correspondência com Simone Weil. De um lado, a pensadora judia, politicamente comprometida; do outro, um camponês anarquista, exilado em França e transportado para um campo às portas do Sahara.

O filme vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa para melhor longa-metragem, El Sicario, Room 164, realizado por Gianfranco Rosi vai estrear no Film Forum, em Nova Iorque, no final do ano.

Um documentário extraordinário que é essencialmente um one-man show baseado no artigo de Charles Bowden para a Harper's - "The Sicario: A Juárez Hit Man Speaks".

«O incrível El Sicario, Room 164, é um esforço comum no sentido de revelar a importância da não-identidade, um anónimo, encapuçado, ex-sicário ou assassino contratado (com a cabeça a prémio por $250.000) pelos cartéis de droga mexicanos, entrevistado num sinistro motel perto da fronteira... Esta mistura transparente de vaidade, masoquismo e vontade de sublinhar a cumplicidade dos burocratas mexicanos e americanos com a sanguinária vontade dos narcotraficantes, tem tal poder que dispensa adornos ficcionais. O sicário leva o espectador a uma montanha-russa emocional - desde terríveis reconstituições de tortura até à experiência de uma conversão sentimental.»
Richard Porton, Cineaste