Na década de 1960, em plena ditadura militar no Brasil, surge, em São Paulo, um cinema que rompe com os limites narrativos, estéticos e sociais da altura. O movimento, chamado Cinema Marginal, Cinema de Invenção ou Udigrudi, tem como uma das figuras centrais Carlos Reichenbach (1945-2012). Autor de vanguarda, explorou diversos géneros, entre o melodrama, o pornográfico e o experimental. O Doclisboa, em parceria com a Cinemateca Portuguesa e com o apoio da Heco Produções, mostra uma rara retrospectiva do cineasta. Cinco décadas de trabalho e vida, uma ode à utopia, ao sonho e ao desejo.
Sonhos de Vida
Falsa Loura
As Libertinas
Esta Rua tão Augusta é um retrato cheio de ironia da principal rua comercial de São Paulo no final dos anos 1960 que era também um epicentro de cultura alternativa. Audácia! divide-se entre deambulações pela Boca do Lixo e reflexões sobre as dificuldades e prazeres de fazer cinema. A história, até então, dos movimentos Cinema Novo e Cinema Marginal.
Audácia!
O “M” da Minha Mão
O Paraíso Proibido
A Ilha dos Prazeres Proibidos
Uma sessão dedicada ao amor de Carlos Reichenbach pela arte, pela vida e por aqueles que questionam o poder. Equilíbrio e Graça conta a história do encontro entre um monge trapista e um budista ancião.
Em O Império do Desejo, vários personagens entram numa espiral de relações alucinantes sobre violência, liberdade e desejo.
Equilíbrio e Graça
O Império do Desejo
O “M” da Minha Mão é um retrato do compositor e acordeonista brasileiro Mário Gennari Filho que estabelece uma relação entre a música e a vida na periferia de São Paulo. Em O Paraíso Proibido, um radialista de sucesso vê-se desiludido e aborrecido com a vida que tem. Decide abandonar a família e muda-se para outra cidade à procura de liberdade total.
O “M” da Minha Mão
O Paraíso Proibido
Sede de amar
Esta Rua tão Augusta
Extremos do Prazer
Olhar e Sensação é uma “anti-sinfonia” da cidade, feita a partir do ponto de vista dos animais enjaulados no zoológico de São Paulo. Reichenbach faz uma adaptação livre do Fausto de Goethe em Filme Demência. Um industrial falido de São Paulo entra em crise com todos os que os rodeiam, rouba uma arma e desce aos infernos na noite paulista.
Olhar e Sensação
Filme Demência
Duas reflexões sobre a periferia de São Paulo que exploram o choque de classes, o machismo, a dureza da vida na periferia e a precariedade do trabalho. Desordem em Progresso é uma paráfrase do lema escrito na bandeira brasileira, “Ordem e Progresso”. Em Anjos do Arrabalde, três professoras de uma escola pública carregam diferentes traumas e esperanças.
Desordem em Progresso
Anjos do Arrabalde
Em Sangue Corsário, dois antigos amigos encontram-se. Um continua a ser poeta, o outro é agora bancário. Em Alma Corsária, dois amigos de infância lançam um livro juntos numa festa. Enquanto a noite avança, o filme recua no tempo, passando por vários momentos da história do Brasil até chegar a 1950, ano em que eles se conheceram.
Sangue Corsário
Alma Corsária
Dois Córregos
Garotas do ABC
Bens Confiscados
O universo das mulheres operárias brasileiras é tema recorrente da obra de Reichenbach. Em Sonhos de Vida, duas operárias da periferia decidem procurar alguma diversão mesmo com o pouco dinheiro que têm. Falsa Loura, o último filme do realizador, retrata os sonhos e desejos de um grupo de jovens, cruzando melodrama, comédia, musical e crónica social.