Júris

Competição Internacional

Danielle Arbid

Cineasta e artista vídeo no cruzamento de géneros e territórios (França e Líbano), documenta, analisa e experimenta para produzir obras ricas, multifacetadas e rigorosas. As suas longas-metragens de ficção foram todas seleccionadas nos principais festivais (Cannes, Toronto, San Sebastian, Nova Iorque, Locarno, Busan, Tóquio…) e os seus vídeos foram mostrados em museus como o Pompidou (Paris) e o Mak (Viena) e na Bienal de Veneza no ano passado.

Ikbal Zalila

Doutorado em estudos cinematográficos pela Universidade de Sorbonne. Ensina estética e análise cinematográfica e documentário na Universidade de Manouba desde 2001. Director artístico do Festival de Cartago desde 2014, após ser programador sénior em 2008 e 2010. Director artístico do Festival Gabès Cinéma Fen desde 2020. Formador de escrita de documentário na residência pan-africana de cinema documental organizada pelo Festival de Agadir desde 2012.

João Fiadeiro

João Fiadeiro pertence à geração de coreógrafos que emergiu no final dos anos 1980 e que deu origem à Nova Dança Portuguesa. No fim da década de 1990, deu início à sistematização da composição em tempo real, uma ferramenta teórico-prática em torno da qual orbita toda a sua actividade. Entre 1990 e 2019, foi director do Atelier RE.AL. É artista associado residente do Forum Dança, em Lisboa e doutorando no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

Patrícia Saramago

Patrícia Saramago frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Trabalha em cinema desde 1997, essencialmente na área de montagem mas também enquanto assistente de realização. Colaborou, entre outros, com os realizadores Pedro Costa, Rita Azevedo Gomes, Alberto Seixas Santos, Pierre-Marie Goulet, Eloy Enciso (Espanha) e Maria Clara Escobar (Brasil).

Paula Gaitán

Nascida em Paris, cresceu entre a Colômbia e o Brasil. Movendo-se constantemente de lugar em lugar, Paula transformou esse estado de motus perpétuo no coração de seu trabalho artístico. Nos seus filmes, é possível reconhecer seu trabalho como poeta, fotógrafa e artista visual. Povoados de fragmentos literários, imagens de arquivo e performances marcantes, seus filmes frequentemente nos lembram que o cinema pode ser um lugar de fronteiras fluidas.

Competições Portuguesa e de Curtas-Metragens

Aida Tavares

Aida Tavares integra, em 2002, a equipa do Teatro Municipal São Luiz como coordena- dora da direcção de cena. Até 2016, passou por vários cargos neste teatro, um dos quais o de directora executiva. Foi ainda assis- tente de programação de dois directores artísticos neste teatro durante 10 anos. Em 2015, é nomeada directora artística, tendo saído em Maio deste ano depois de ter com- pletado dois mandatos (8 anos).

Gareth Evans

Escritor, editor, curador de cinema, produtor e mentor de documentários. Programou retrospectivas de Jem Cohen, Mike Dibb, Xiaolu Guo, Alexander Kluge, Chris Marker, Jonathan Meades e Laura Mulvey & Peter Wollen. Concebeu e curou temporadas e eventos de cinema e festivais no Reino Unido. Editou a Vertigo entre 2002 e 2009. Mentor no mestrado em documentário da Universidade de Londres. Escreveu ensaios e artigos sobre artistas e a imagem em movimento.

Ignacio Agüero

Realizador de cinema, sobretudo de documentários. Há quinze anos que é professor de cinema na Universidade do Chile. Participou como actor em vários filmes e ganhou vários prémios com a sua obra, sendo os últimos o Grande Prémio no FIDMarseille, em 2019, e o Prémio de Carreira Príncipe Claus, em 2015. O seu trabalho foi alvo de retrospectivas em Barcelona, Paris, Biarritz, Cidade do México, La Paz, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima, Trieste e Chile.

Prémio Revelação

Kiluanji Kia Henda

Artista conceptual cujo trabalho produz uma perspectiva crítica sobre assuntos recorrentes: guerra, migração, deslocamento e a marca do colonialismo na realidade contemporânea. Kiluanji reflecte sobre as rupturas do domínio e conflito colonial, enquadrando a identidade angolana em narrativas históricas globais mais vastas. Baseando-se em memórias individuais e colectivas, pesquisa documental e narrativas, o seu trabalho situa-se entre facto e ficção.

Pedro Florêncio

Pedro Florêncio é licenciado em cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema, mestre em cinema e televisão pela Universidade Nova de Lisboa (onde é docente) e doutorado em artes pela Universidade de Lisboa. Realizou, entre outros, os filmes À Tarde (2017), Turno do Dia (2019) e Nocturna (2023). Entre outras publicações dispersas e em volume sobre cinema, publicou, em 2020, o livro Esculpindo o Espaço – O cinema de Frederick Wiseman.

Tytti Rantanen

Nascida em 1985, é coordenadora de programação do AV-arkki – Centro de Arte Média da Finlândia, membro da equipa de programação do Festival de Cinema de Espoo Ciné e do Cinema Orion, em Helsínquia, e membro do conselho editorial da revista finlandesa de filosofia niin & näin e da publicação de cinema Filmihullu. Está a concluir um doutoramento em sabotagem narrativa na ficção e no cinema radicais franceses por volta de 1968 na Universidade de Tampere.

Prémio Lugares de Trabalho Seguros e Saudáveis

Concha Barquero

Cineasta, investigadora e programadora de cinema. Forma um par criativo com Alejandro Alvarado, com quem escreveu e realizou vários filmes documentais e experimentais, entre os quais Pepe el andaluz (2012) e Descartes (2021). Lecciona na Universidade de Málaga e é autora de várias publicações relacionadas com o documentário. Integrou o comité de selecção da secção de documentários do Festival de Málaga (2013-2021) e coordena o seminário Malaga Docs.

João Rosas

João Rosas é autor de três livros de contos e de filmes como A Minha Mãe é Pianista (2005), Birth of a City (2009), Entrecampos (2012), Maria do Mar (2015), estreado em Locarno e premiado em Portugal, Espanha e Brasil, e Catavento (2020), Melhor Curta no BAFICI 2021 e Menção Especial do Júri no 18.º Festival de Brive. O seu último filme, A Morte de uma Cidade (2022), ganhou o Prémio Doc Alliance para Melhor Longa-Metragem.

Vladka Komel

Tem vasta experiência no campo da segurança no trabalho e promoção da saúde. Integra o Ministério do Trabalho, Família, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades da Eslovénia desde 1987 e é a gestora local da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho na Eslovénia desde 2003. Entre outros, organiza debates sobre segurança e saúde no trabalho para crianças e alunos com base em documentários que mostram o mundo do trabalho.

Prémio Direitos e Liberdades

Alice Neto de Sousa

Alice Neto de Sousa (1993) é uma poeta e dizedora de poesia, nascida em Portugal e com raízes em Angola. Autora do poema Março, escolhido para inaugurar as comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril, procura, nos palcos, “afiar a língua” para temas sociais emergentes. Em 2022, o poema Poeta, da sua autoria, conquistou as redes sociais e tem voado pelo mundo. Actualmente, é presença assídua no programa Bem-Vindos na RTP África.

Daniel Oliveira

Foi jornalista nos jornais O Século, Diário de Lisboa e Diário Económico e nas revistas e Vida Mundial e editor e autor de programas na RTP. Venceu o prémio revelação Gazeta, do Clube de Jornalistas, em 1998, com uma reportagem sobre a Primavera de Praga. É colunista do semanário Expresso desde 2005, comentador nos programas Eixo do Mal e Sem Moderação, na SIC Notícias, e autor do podcast de entrevistas políticas Perguntar Não Ofende.

Graça Castanheira

Licenciada em realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema (onde lecciona), frequentou o doutoramento em artes performativas e da imagem em movimento da Universidade de Lisboa e do Instituto Politécnico de Lisboa. Em 2008, criou a empresa de produção e pós-produção Pop Filmes. Sócia fundadora da Apordoc, de cuja direcção foi membro entre 2007 e 2010. Realizadora de cinema e de televisão desde 1989, tendo sido distinguida com vários prémios.

Prémio INATEL

Bárbara Carvalho

Bárbara Carvalho é investigadora no doutoramento em ciências musicais da Nova FCSH, no âmbito do qual trabalha sobre história cultural e análise audiovisual de música no cinema mudo. Foi co-responsável pela edição, sincronização e estudo crítico das partituras originais para as três primeiras longas-metragens da Invicta Film, num projecto conjunto entre a Cinemateca Portuguesa, a Nova FCSH e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Claudio Carbone

Mestre em arquitectura, estudou movimentos sociais em várias faculdades de sociologia (Brasil, Portugal, Costa Rica) e é doutorando em estudos de desenvolvimento no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa. No cinema, interessa-se por territorialidade e análise das personalidades e resistências diárias na luta pela produção do espaço. Realizou uma longa-metragem sobre movimentos de luta indígena no sul da Costa Rica e várias curtas documentais.

João Biscaia

Jornalista no Setenta e Quatro desde 2021, focado em questões de trabalho e desigualdades, discriminação e autoritarismo e história e memória. Formado em história contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Unversidade Nova de Lisboa. Natural da Sertã, onde co-fundou a A.com.te.ser – A Companhia Teatral da Sertã. Anteriormente guia turístico em Lisboa, também já fez de revisor, tradutor, guionista e redactor.

Prémio Fernando Lopes

Duarte Lopes

Lisboa, 1992. É cozinheiro no Bairro Alto Hotel, desenvolvendo outros projectos profissionais nas áreas do design contemporâneo de utensílios de cozinha (duarte.lv_design) e da produção e organização de eventos. Neto de Fernando Lopes, tem, desde cedo, interesse em diversas manifestações artísticas, como a cerâmica, a arquitectura e o cinema.

Jorge Cramez

Nasceu em Angola em 1963. Fez o curso de cinema (montagem) na Escola Superior de Teatro e Cinema. Foi anotador e assistente de realização de realizadores como Fernando Lopes, Teresa Villaverde, João César Monteiro, João Botelho, Jorge Silva Melo, José Álvaro Morais, João Mário Grilo, Werner Schroeter, Miguel Gomes, Margarida Gil e Catarina Ruivo. Realizou doze curtas e três longas-metragens, premiadas em festivais de cinema nacionais e internacionais.

Paula Guedes

Estreou-se em teatro em 1977 e é uma das fundadoras do Teatro Aberto (1983). Trabalhou com encenadores como A. Boal, Hélder Costa, João Lourenço, Fernanda Lapa, Maria do Céu Guerra, São José Lapa e Júlio Cardoso. Em cinema, trabalhou com Fernando Lopes, José Álvaro de Morais, José Fonseca e Costa, José Nascimento, Maria de Medeiros e outros realizadores portugueses e estrangeiros. Participou em projectos televisivos nacionais e internacionais.

Verdes Anos

Mário Veloso

Mário Veloso nasceu em Braga, no dia 17 de Março de 1998. Durante a sua formação na Escola Superior de Teatro e Cinema, realizou as suas primeiras curtas-metragens – Rio Torto (2019) e Fora da Bouça (2021) –, ambas exibidas e galardoadas nos Verdes Anos do Doclisboa. Actualmente, e agora fora do contexto académico, termina a sua primeira ficção – Chuvas de Verão – com estreia prevista para 2024.

Sabrina D. Marques

Artista visual multimédia. Licenciada em comunicação (Universidade Nova de Lisboa – UNL), especializada em cinema (Escola Superior de Teatro e Cinema), doutoranda em história da arte contemporânea (UNL), investiga fotografia e cinema, com foco no pós-colonial. Realizadora, argumentista e dramaturga independente para cinema, TV, performance e teatro. Colabora com publicações nacionais e internacionais. Realizou curtas, vídeo-ensaios e documentários.

Salla Tykkä

Empregou várias estratégias formais, de curtas de ficção a longas documentais experimentais. A sua prática radica na experiência feminina, sobretudo no acto de olhar. Ao desmontar, reenquadrar e repensar imagens, revela as suas ligações com o poder político e estrutural frequentemente escondido nas narrativas visuais quotidianas. Interessa-se pela forma como os processos criativos emocionais, frágeis e pessoais podem fomentar uma posição crítica e política.

Júri Escolas

ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação

Ana Machado (Desenho de Som)
Bernardo Carvalho ((Fotografia)
Inês Conceição (Design)
Ivo Abalroado Beatriz Carmo (Cinema e Televisão)
João Semedo (Cinema e Televisão)