Mesa redonda: Por ti, Portugal, eu juro!

Durante a Guerra Colonial, Portugal recrutou 1,4 milhões de militares para combaterem em Moçambique, em Angola e na Guiné. Um terço eram africanos, obrigados pelo Estado português a cumprir o serviço militar. Pessoas que, depois do 25 de Abril de 1974, foram deixadas para trás. Nesta conversa, falar-se-á sobre dívida histórica, a importância das fontes orais e os bastidores do filme Por ti, Portugal, eu juro!.

Em colaboração com DIVERGENTE – revista digital de jornalismo narrativo.

Sessão conduzida em português, sem tradução. Entrada livre.

19 Out / 17:15 / 75’
Culturgest - Fórum Debates
NEBULAE

Oradores

Diogo Cardoso

Repórter e narrador visual com experiência em direcção e produção de imagens. Em 2014, co-fundou a DIVERGENTE, um projeto de jornalismo independente. É também membro da direcção dos Bagabaga Studios, uma cooperativa sem fins lucrativos dedicada à produção de narrativas digitais, onde explora as fronteiras do jornalismo, do design, da fotografia e do cinema documental, onde produziu trabalhos internacionalmente premiados.

João Séco Mané

Furriel da 1.ª Companhia de Comandos Africanos da Guiné, uma unidade do Exército português criada em 1971 para fazer face ao avanço da Guerra Colonial. Com 23 anos, e contra a sua vontade, foi obrigado pelo Estado português a cumprir o serviço militar obrigatório. Depois do 25 de Abril de 1974, diz ter sido traído e abandonado por Portugal e reivindica, até hoje, que o país cumpra as promessas feitas.

Sofia da Palma Rodrigues

Jornalista com experiência como repórter de investigação em diferentes países. Transita entre os mundos do jornalismo e do documentário e a academia. Co-fundou a DIVERGENTE, uma revista digital de jornalismo narrativo focada em histórias de investigação que trazem novas abordagens ao jornalismo. Nos últimos anos, os seus projectos de jornalismo foram premiados várias vezes. Tem um doutoramento em estudos pós-coloniais pela Universidade de Coimbra.

Moderação

Maria José Lobo Antunes

Antropóloga e investigadora associada do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Nos últimos anos, tem pesquisado o colonialismo tardio português, a guerra e a sua memória. Interessa-se pela memória, história, cultura visual e colonialismo. É autora de Regressos Quase Perfeitos. Memórias da Guerra em Angola (2015) e co-organizadora de A Guerra Guardada (2024).