A VIAGEM DO REI, de João Pedro Moreira e Roger Mor (Portugal, 2022, 78’), e ELFRIEDE JELINEK – LANGUAGE UNLEASHED, de Claudia Müller (Áustria / Alemanha, 2022, 96’), filmes que assinalaram presença na 21ª edição do Doclisboa, voltam às salas muito em breve: poderão ver-se de 22 a 28 de Junho, sempre às 19h00, no Cinema Ideal.
A VIAGEM DO REI será exibido na quinta-feira, dia 22 de Junho, no Sábado, 24 de Junho, na segunda-feira, 26 de Junho, e na quarta-feira, 28 de Junho – esta última sessão será apresentada pelos realizadores João Pedro Moreira e Roger Mor.
Por sua vez, ELFRIEDE JELINEK – LANGUAGE UNLEASHED será exibido na sexta-feira, 23 de Junho, no Domingo, 25 de Junho, e na terça-feira, 27 de Junho. A sessão de 23 de Junho será apresentada por Anabela Mota Ribeiro, autora, académica, jornalista e programadora cultural.
N’ A VIAGEM DO REI, de João Pedro Moreira e Roger Mor (Portugal, 2022, 78’), ouvimos Rui Reininho entoar, “é simplesmente movimento e amor” – tais palavras rendem bem o cerne deste filme. Retrato tocante e onírico, em que as imagens de sonho, ao invés de tentarem documentar, enformam uma atmosfera viva cujo âmago é Rui Reininho. O desenrolar rítmico de som e imagem mostra várias faces de um nome grande da pop rock portuguesa: arauto, rei, Rui Reininho em viagem, da inocência da infância ao frenesim dos palcos, à espiritualidade, o filme revela o poeta provocador, a voz única, a presença física-anímica.
ELFRIEDE JELINEK – LANGUAGE UNLEASHED, de Claudia Müller (Áustria / Alemanha, 2022, 96’), retrato de um prodígio da língua alemã e bem assim da literatura mundial (Prémio Nobel em 2004), o filme reúne fragmentos de uma vida – de e da escrita – fascinante, crítica, feroz e em forte oposição à realidade do pós-Guerra na Áustria; em simultâneo, o filme é um reflexo da ausência da escritora – no sentido em que pondera sobre o assunto, sobre o seu exílio, e também no sentido em que espelha, de algum modo, o seu afastamento (as imagens de arquivo predominam em relação a imagens contemporâneas). Claudia Müller desenha uma fisionomia de Jelinek, pródiga, insurrecta, magnânima; de facto – tomando de empréstimo o subtítulo do filme – libertada, sem trela.
O 6.DOC é um projecto fruto de uma colaboração estreita entre o Doclisboa e o Cinema Ideal, que visa levar às salas filmes programados na última edição do festival.