Compromisso com a sustentabilidade

Diariamente, enfrentamos e sentimos as consequências da crise ambiental. Todos nós, de forma individual e coletiva, temos a responsabilidade de assegurar a sustentabilidade ambiental, económica e social das gerações futuras. Enquanto festival, reconhecemos o impacto das nossas actividades, a diferença que podemos causar na consciencialização daqueles que nos rodeiam e o nosso papel em pressionar e exigir às instâncias governamentais medidas que contribuam para alterações estruturais.

Queremos promover, produzir e executar eventos culturais sem comprometer o presente e o futuro. Dedicamo-nos, portanto, a adoptar metodologias e práticas de gestão que reduzam os impactos negativos e potenciem os positivos. Além disto, comprometemo-nos a que as questões ambientais façam parte da nossa programação e das temáticas discutidas no âmbito dos debates promovidos pelo Doclisboa em Outubro e ao longo do ano, nas actividades que desenvolvemos com o público geral e com o público escolar.

Desde 2022 que o Doclisboa estabeleceu um plano de sustentabilidade, mantendo-se em constante actualização conforme os objetivos cumpridos e os resultados obtidos.

Assumimos o nosso compromisso com a sustentabilidade e nesta 21ª edição:

  • Apostamos, novamente, em alimentação 100% local e sazonal, e 75% vegetariana, através do Criolense Kitchen Club.
  • São enviados manuais digitais de boas práticas para equipa e convidados.
  • Reduzimos e calculamos a pegada de carbono causada pelo transporte aéreo de equipa e convidados.
  • Medimos e avaliamos o impacto do Doclisboa, bem como partilhamos ideias e metodologias em redes de festivais de cinema (como através da iniciativa Green Charter for Film Festivals e da rede Doc Alliance).
  • Utilizamos apenas carros eléctricos através da parceria com a Drivalia.
  • Produzimos os troféus Doclisboa com desperdício de bivalves e crustáceos, através da parceria com a Sal Marisco & Co.
  • Doamos os telões à ReCreate: projecto de upcycling design que dá nova vida a lonas publicitárias, transformando em peças originais e sustentáveis.
  • Doamos o excedente de comida a restaurantes locais e ao Centro Português de Refugiados.

Ao mesmo tempo, estamos empenhados em:

  • Reduzir resíduos e evitar, essencialmente, os materiais descartáveis.
  • Desmaterializar, reutilizar e reduzir materiais de comunicação e divulgação; e na criação de novos, preferir opções mais sustentáveis.
  • Alertar para boas práticas de consumo de água.
  • Associar-nos a entidades parceiras que partilhem do mesmo compromisso com a sustentabilidade e que implementem práticas amigas do ambiente.
  • Sensibilizar para o combate à crise ambiental, por via da programação dedicada ao tema.*
  • Compensar, futuramente, as emissões causadas pelo transporte aéreo de convidados.
  • Ocupar um lugar de visibilidade confere, também, responsabilidade para exercer um papel de influência nesta luta. Estamos certos de que as consequências evidentes desta crise devem ser combatidas com mudanças estruturais a nível político que regulem e alterem práticas a todos os níveis de produção. É nesse espírito que pretendemos construir e integrar redes de entidades empenhadas em exigir mudanças aos poderes governamentais – estes, capazes de implementar medidas contínuas e eficazes que provoquem alterações estruturais para salvaguardar o futuro do planeta.

* Programação relacionada com sustentabilidade no 21º Doclisboa:

Da Terra à Lua

  • Areia, Lodo e Mar, Amilcar Lyra
  • Strata Incognita, Grandeza Studio, Locument
  • Yvy Pyte – Coração da Terra, Alberto Alvares, José Cury

Riscos

  • Monica in the South Seas, Sami van Ingen, Mika Taanila

abcDoc

A oficina Como definir o outro utilizará como material fílmico de base, o filme No tempo do verão: Um dia na aldeia ashaninka, de Wewito Piyãko.

Retrospectiva Anastasia Lapso e Markku Lehmuskallio

A destruição do ecossistema e da necessidade de equilíbrio entre as pessoas e a natureza:

  • Pohjoisten metsien äänet (Sounds of the Northern Forests), Markku Lehmuskallio, 1973
  • Tapiola, Markku Lehmuskallio, 1974
  • Mies jolla on kahdet kasvot (The man with two faces), Markku Lehmuskallio, 1974
  • Korpinpolska (The Raven’s Dance), Markku Lehmuskallio, 1980

A última população indígena europeia – Sami:

  • Skierri, vaivaiskoivujen maa (Skierri: Land of the Dwarf Birches), Markku Lehmuskallio, 1982

Os povos indígenas canadianos, cujos costumes antigos foram destruídos, e os Nenets, que estão a ser destruídos:

  • Kadotettu paratiisi (Lost Paradise), Anastasia Lapsui, Markku Lehmuskallio, 1994

As formas indígenas de viver na floresta e graças a ela:

  • Uhri – elokuva metsästä (The Sacrifice: A Film About a Forest), Anastasia Lapsui, Markku Lehmuskallio, 1998

O estilo de vida nómada dos pastores na Bélgica:

  • Paimen (Shepherd), Anastasia Lapsui, Markku Lehmuskallio, 2001

Natureza, pássaros, animais e uma forma de vida sustentável:

  • Elämän tanssi (The dance of life), Markku Lehmuskallio, 1975

O abandono dos Nenets por parte das autoridades Russas, como a exploração de gás se sobrepôs e destruiu as suas rotas tradicionais de pastorícia 

  • Jäähyväisten kronikka (A Farewell Chronicle), Markku Lehmuskallio, 1995