O cineasta encontra uma forma de inteirar os pais falecidos quanto ao que aconteceu na família e no país nos últimos 50 anos. O pai morreu antes do golpe militar liderado por Pinochet, sem ver como o pior da humanidade se instalou no poder. Raúl Ruiz aparece nos seus sonhos, dando início a uma conversa sobre surrealismo e cinema político. A morte torna-nos confabulações, obras de ficção, para que possamos continuar a viver e, para Agüero, os fantasmas não existem, apenas o universo à nossa volta – gatos, plantas, luz solar, sombras e nuvens, que podem desempenhar os papéis daqueles que nos deixaram.
Letters to My Dead Parents
Cartas a mis padres muertos
Ignacio Agüero
2025
Chile
112’
