O escritor Pierre Guyotat, que Foucault e Barthes consideraram uma figura essencial, deixou-nos em 2020. Confiou em Jacques Kebadian, cineasta ilustre e assistente de realização de Bresson, para captar cenas da sua vida em casa entre 2002 e 2009 e dá-se de forma incontida a um cinema atento, proporcionando-nos um vislumbre da intimidade do seu trabalho. O próprio texto é aqui o protagonista. Guyotat comenta a sua biblioteca e escreve o livro, trabalhando num texto em voz alta, ditando-o de forma hipnótica. O processo de construção de cada frase tem lugar diante dos nossos olhos.
O realizador Jacques Kébadian vai estar presente em ambas as sessões.