Novas perspectivas para a co-produção entre os PALOP e Portugal

Um encontro para discutir os formatos, possibilidades e contingências na co-produção entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa com Portugal, o seu parceiro europeu evidente. Foi convidada para esta conversa uma geração que pensa e produz filmes num mundo novo, hiper digital e em rede. Poderá haver novas respostas para velhas questões?

Sessão conduzida em português, sem tradução.
Entrada livre.

22 Out • 17:00 / 90’
Culturgest - Fórum Debates

Nebulae

Oradores

Filipa César

Interessa-se pelos aspectos ficcionais da montagem cinematográfica, pelas fronteiras porosas entre imagem em movimento e recepção e pela economia, poética e política inerentes à pratica cinematográfica. A sua pesquisa sobre o imaginário do movimento de libertação da Guiné-Bissau enquanto laboratório de descolonização de epistemologias começou em 2011 e desenvolveu-se em muitos projectos colectivos como Luta ca caba inda e Mediateca Onshore.

(Portugal)

Inadelso Cossa

Realizador, produtor e director de fotografia, membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desde 2020. Fundador da 16mm Filmes, produtora moçambicana focada em documentários criativos e longas-metragens. Aborda temas como a memória pós-colonial, o trauma pós-Guerra Civil e a amnésia colectiva em Moçambique. A história não oficial do seu país é quase sempre o veículo do seu cinema, onde se posiciona numa perspectiva pessoal.

(Moçambique)

Kamy Lara

Uma das mais versáteis cineastas em Angola. Assina diversas obras como montadora, assistente de realização e produtora de filmes, telediscos, vídeos institucionais e publicidades. Em 2019, realizou o seu primeiro filme, o documentário Para lá dos Meus Passos, melhor documentário no Festival de Cinema de Dança de São Francisco em 2020 e premiado no DOC Luanda 2022, entre outros, tendo estado presente em mais de dez festivais pelo mundo.

(Angola)

Lara Sousa

Realizadora, produtora e fundador da Kulunfa Filmes, produtora cujo principal objectivo é produzir filmes de cineastas emergentes de países africanos de língua oficial portuguesa e de países do sul de África.

(Moçambique)

Luís Chaby Vaz

Presidente do Conselho Directivo do Instituto do Cinema e do Audiovisual desde Junho de 2017. Trabalhou no sector cultural, desempenhando vários cargos na administração pública. Também trabalhou no sector da publicidade e na pós-produção de cinema enquanto presidente executivo da Tobis. Foi conselheiro cultural da embaixada de Portugal em Espanha de 2010 a 2013. Depois disso, trabalhou numa empresa de capital de risco e como consultor privado.

(Portugal) Instituto do Cinema e Audiovisual

Nuno Miranda

Cineasta autodidacta cabo-verdiano, começou a trabalhar como editor e director de fotografia. Co-fundou a produtora Kriolscope Filmes em Cabo Verde em 2015. Também trabalhou em outros projectos de diferentes directores cabo-verdianos como director de fotografia e montador e no filme Vitalina Varela, de Pedro Costa. Em 2019, escreveu, realizou e montou o filme Kmêdeus. Tem vindo a trabalhar numa estética visual e narrativa do cinema cabo-verdiano.

(Cabo Verde)

Vanessa Fernandes

Nascida na Guiné-Bissau em 1978, viveu em Paris, Macau, Porto, Alemanha. Doutoranda em estudos fílmicos e da imagem na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Trabalha essencialmente a partir do cinema experimental, vídeo-arte, performance e cruzamento disciplinar. Realizou curtas-metragens como Tradição e Imaginação, Mikambaru, Si destinu, Fiji e MadMudPool. Participou em exposições no Espaço Rampa, Espaço Mira e Hangar.

(Guiné-Bissau

Moderação

Joana Cunha Ferreira